PCP solidário com trabalhadores
e povo da Grécia

Resistir à ingerência<br>e à chantagem

O PCP pro­moveu em todo o País, nos dias 2 e 3, vá­rias ac­ções de so­li­da­ri­e­dade com os tra­ba­lha­dores e o povo grego, que re­sistem e lutam contra os di­tames e im­po­si­ções da União Eu­ro­peia e do FMI.

O que está em causa vai muito para além da Grécia

Nas di­versas ini­ci­a­tivas foi dis­tri­buído um fo­lheto in­ti­tu­lado Não à in­ge­rência e à chan­tagem, no qual se de­nuncia os «cí­nicos dis­cursos sobre so­li­da­ri­e­dade e co­esão so­cial sob os quais se es­condem a na­tu­reza an­ti­de­mo­crá­tica e ex­plo­ra­dora que de­ter­mina o pro­cesso de in­te­gração ca­pi­ta­lista eu­ropeu». Para o PCP, o que está em causa vai muito para lá da Grécia: a ac­tual si­tu­ação que se vive na­quele país re­vela so­bre­tudo que «va­lores como os da de­mo­cracia ou o di­reito de um povo de­cidir so­be­ra­na­mente do seu des­tino, pe­rante o de­sastre a que o querem con­denar, são letra morta pe­rante os in­te­resses dos cha­mados cre­dores, do ca­pital trans­na­ci­onal, do di­rec­tório de po­tên­cias que co­manda a União Eu­ro­peia».

O que a União Eu­ro­peia pre­tende, ga­rante o PCP, é nada mais nada menos do que, contra os in­te­resses e as­pi­ra­ções dos povos, a «eter­ni­zação da ex­plo­ração e em­po­bre­ci­mento dos tra­ba­lha­dores e o fa­vo­re­ci­mento do grande ca­pital», uti­li­zando o euro como um dos seus prin­ci­pais ins­tru­mentos de do­mínio po­lí­tico e eco­nó­mico. O PCP re­a­firma a sua so­li­da­ri­e­dade aos tra­ba­lha­dores e ao povo da Grécia, que de­fendem os seus di­reitos e a so­be­rania na­ci­onal.

Al­ter­na­tiva exige rup­tura

Con­de­nação me­rece ainda o Go­verno por­tu­guês e o Pre­si­dente da Re­pú­blica, que têm as­su­mido po­si­ções que en­ver­go­nham Por­tugal. Um e outro, acres­centa-se no fo­lheto, «co­lo­caram-se na pri­meira linha do pro­cesso de in­ge­rência e de chan­tagem contra o povo grego», numa ati­tude que é, para além de «inad­mis­sível», con­trária àqueles que são os in­te­resses do nosso País e do nosso povo. A po­sição do Exe­cu­tivo PSD/​CDS e de Ca­vaco Silva traduz, para o PCP, a ten­ta­tiva de «sal­va­guardar a con­ti­nu­ação da po­lí­tica de di­reita e jus­ti­ficar e bran­quear as bru­tais con­sequên­cias eco­nó­micas e so­ciais do pacto de agressão» que os par­tidos do Go­verno, jun­ta­mente com o PS, as­si­naram com a UE e o FMI.

O que o Go­verno e o Pre­si­dente da Re­pú­blica temem é que «os tra­ba­lha­dores e os povos, pela sua re­sis­tência e luta, rompam com os con­di­ci­o­na­lismos e im­po­si­ções da União Eu­ro­peia e do euro», afirma o Par­tido, re­al­çando que é pre­ci­sa­mente o «ca­minho da re­sis­tência, e não o da sub­missão e su­bor­di­nação, que de­fende os in­te­resses do povo e do País». Assim, re­a­fir­mando a sua pro­posta de po­lí­tica al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda, o PCP su­blinha um dos seus eixos cen­trais: o que aponta para a ne­ces­si­dade de con­frontar e romper com os «cons­tran­gi­mentos e con­di­ci­o­na­lismos da União Eu­ro­peia e do euro». Estes, acres­centa, com­pro­metem o di­reito de Por­tugal a um de­sen­vol­vi­mento so­be­rano.




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